sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Sempre Que Te Vejo – Capítulo VIII – “As Descobertas, o último ano”

 

Capítulo VIII – As Descobertas, o último anoCOVER

Nem Júlia nem José sabiam o que os esperava. Este podia ser bem o melhor ano da vida escolar destes dois amigos. Este era o último ano destes dois amigos naquela escola. Em breve iriam separar-se, e seguiriam para o ensino superior. Esses eram os objetivos deles. Júlia já esquecera Fábio, mas José permanecia com o coração em silêncio.

Um ano de aventuras, perigos, descobertas, foi assim que ficou marcado este último ano. Eles estavam mais maduros, mais cientes da vida, eram já jovens adultos. As fraquezas emocionais do ano que passara era motivo de risota sempre que falavam

sobre o assunto. Júlia e José embarcaram novamente num ano de aventuras, o fator perigo era uma presença constante nos seus tempos livres. Para essas aventuras, Júlia e José continuavam crianças.

O ano começou bem para estes dois amigos. Com algum sucesso escolar, sem dramas e romances, mas as coisas começaram a mudar depois do Natal.

Júlia e José foram convidados para uma festa de aniversário. Sem dúvida que a noite prometia, mas José tinha uma personalidade rígida, era preciso muito para o derrubar.

- Anda lá José. Que queres beber? – perguntava Júlia.

- Não quero nada. E tu, acho que já chega de beber. Mal te seguras em pé.

- Relaxa... anda dançar!

- Sabes perfeitamente que eu não danço. Essa não é a minha praia. – respondeu ele.

- Oh. Então vou eu.

Júlia já estava bêbeda, mas José embora tivesse bebido alguns copos, não cedia assim tão facilmente à bebida. Nem à dança. Era uma paz de espirito.

A noite foi longa, José e Júlia tinha embarcado numa nova aventura, embora Júlia tivesse aproveitado melhor o momento.

- Não sei como consegues beber tanto. – disse José, já dias depois da festa.

- Oh, eu não bebi muito. Tu é que bebes-te pouco.

- Pois, pois para não falar dos cigarros…

- Oh, para com isso! É normal nas festas, nós queremos é divertirmo-nos…

- Está bem, está. Depois não digas que não te avisei.

- Deixa de ser criancinha tu. Também não arriscas nada, a vida é curta. Temos que aproveitar tudo, e ao máximo.

- Ai é? Sou criancinha? Então o que quiseres que faça, eu faço para provar o contrário.

- Está bem. Então espera aqui. Já volto.

Júlia dirigiu-se a um café ali perto, e quando voltou chamou José para um sítio mais escondido dos olhares curiosos.

- Prova-me que não és uma criancinha. Fuma este cigarro.

- Estás a brincar? Só podes… mas eu faço isso. Passa cá.

José pegou no cigarro, levou-o até aos lábios, hesitou, olhou de lado para Júlia mas depois chegou o fogo à outra ponto e puxou o primeiro gole de fumo. Ele engasgou-se pelo menos três vezes, mas levou o desafio até ao fim.

- Não acredito! Tu fumas-te!

- Sim, sim… e agora, ainda sou criancinha?

- Pois está bem… agora só tens que superar o meu recorde?

- Não nem penses, foi o primeiro e o último.

- Anda lá, só precisas de fumar cinco, numa noite.

- Cinco? Mas tu enlouqueces-te? E já agora, como conseguiste o cigarro se és menos de idade?

- As aparências enganam, ninguém liga a isso.

O que é certo, é que José devia ter gravado todo o sermão que deu a Júlia. José desenvolvera um novo vício. Começou por de vez em quando fumar um cigarro com Júlia só para relaxarem, mas as coisas mudaram e José passou a fumar pelo menos um por semana. Não era vício, era mais como se tivesse que o fazer para se sentir bem, para sentir jovem, estava na idade de o fazer.

O ano continuou o novo passatempo de José tornava-se cada vez mais comum, e Júlia de vez em quando acompanhava-o. Júlia questionava-se muitas vezes porque José tomou essa atitude, ele não era assim. Mas ela estava longe de imaginar que ela fazia aquilo para se sentir bem com o mundo e com ele, ingénuo, pensava que fumar abriria o coração a Júlia para si, torná-lo-ia mais adulto a fim de Júlia reparar nele.

O mês de Junho estava a aproximar-se. Era o último mês de aulas, e haveria algo muito especial para acontecer. As raparigas vibravam, ficavam histéricas só de ouvir falar no assunto.

- Júlia, aceitas vir comigo ao baile de finalistas? – perguntou José.

continua…

Leia ou Releia


Capítulo I - Memórias de Criança
Capítulo II - O Novo Ciclo
Capítulo III - O Outro
Capítulo IV - O Sentimento
Capítulo V – Coragem

Capítulo VI - a Nova Aventura de Júlia

Capítulo VII - A Conversa Final

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