"Seria incoerente que me opusesse a que um escritor coma do que escreve, o que me parece, isso sim, condenável, é que escreva quando não tem nada para dizer."
"Nem a arte nem a literatura têm de nos dar lições de moral. Somos nós que temos de nos salvar, e isso só é possível com uma postura de cidadania ética, ainda que isto possa soar antigo e anacrónico."
"Às vezes, a literatura parece-se com uma operação da Bolsa. As cotizações sobem e descem e muitas vezes só dependem da promoção."
"Aprendi a não tentar convencer ninguém. O trabalho de convencer é uma falta de respeito, é uma tentativa de colonização do outro."
"Há sempre um zarolho ou um esperto que nos governa."
"Para que serve o arrependimento, se isso não muda nada do que se passou? O melhor arrependimento é, simplesmente, mudar."
"O que realmente nos separa dos animais é a nossa capacidade de esperança."
"Só se nos detivermos a pensar nas pequenas coisas chegaremos a compreender as grandes."
"A alegoria chega quando descrever a realidade já não nos serve. Os escritores e artistas trabalham nas trevas e, como cegos, tacteiam na escuridão."
"Sente-se uma insatisfação, sobretudo dos jovens, perante um mundo que já não oferece nada, só vende!"
Na próxima semana citámos Florbela Espanca.
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